8 de outubro de 2014

A Igreja «não pode falhar» para com as pessoas que dela necessitam


A oração desta manhã no Sínodo dos Bispos foi presidida pela Arcebispo de Glasgow, Escócia, Cardeal Philip Tartaglia. O ponto de partida foi a leitura da carta de S. Paulo aos Coríntios sobre o amor, uma leitura muito usada nas cerimónias de matrimónio na igreja. «Enquanto se preparam para o casamento, muitos esposos olham para esta leitura e pensam “Isto é tão lindo. Eu quero que o meu amor, o nosso amor, seja assim, paciente, bom, confiante, duradouro, leal e que dura para sempre”. E quando o marido e a mulher são felizes juntos, este amor expande-se de dois para três, quatro ou cinco pessoas», disse o arcebispo.

O problema é se a família entrar em rutura. «Quando a família falha, o amor é a primeira baixa. O amor que serviu de cola entre os esposos transforma-se rapidamente em ódio, e a comunhão de vida passa a ter uma lógica de divisão. Para estes casos, a Igreja tem de saber falar-lhes as palavras de S. Paulo de um amor que perdoa e desculpa com compaixão, curando e ajudando a levantar de novo», defendeu o Cardeal Tartaglia.

No entanto, nem sempre é possível remendar os estragos feitos na relação, admite o arcebispo, que avisa que as palavras de S. Paulo devem levar a Igreja a «ter compaixão pela dor e laceração dos corações apanhados em separações, traições e divórcios». Ao mesmo tempo que a Igreja precisa de encontrar «uma forma de fazer vingar o propósito santo de Deus em relação ao matrimónio», também tem de apoiar «aqueles cujo propósito se tornou impossível de alcançar». «Em tempos de infortúnio, as pessoas viram-se instintivamente para a Igreja procurando esperança e consolação. Não podemos falhar-lhes», concluiu o arcebispo de Glasgow.

Pode acompanhar os trabalhos do Sínodo da Família no site www.sinododafamilia.familiacrista.com. Esta manhã os bispos discutirão a pastoral familiar e as crises que as famílias enfrentam nos dias de hoje.

Texto: Ricardo Perna
Foto: News.va

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