O mundo católico está de olhos postos no Vaticano, onde,
nestas duas semanas, se discute a Família, um assunto que interessa a todos os
católicos. Mais do que perceber que decisões poderão sair do Sínodo, já que é
pouco provável que saia algo de definitivo antes do Sínodo do próximo ano, é
importante olhar para a dinâmica e o espírito com que estão a ser conduzidos os
trabalhos na aula sinodal.
Esta é a Igreja que Francisco quer, aberta ao diálogo, na procura de consensos, sem medo de enfrentar as suas próprias teorias e posições. Isto não significa, no entanto, que se estejam a preparar grandes mudanças doutrinais. Mais do que mudar a doutrina, este Sínodo servirá para a Igreja mudar o modo como olha para os seus fiéis, principalmente aqueles que, por este ou aquele motivo, se encontram em situação irregular. Será um sínodo pastoral, que irá mudar a forma como os católicos são recebidos, tratados e acompanhados no seio da Igreja. Este é um desígnio que se percebe em todos os cardeais e bispos que diariamente marcam presença na sala de imprensa para falar com os jornalistas. Mesmo sem mudar a doutrina, terá de haver ajustes no sentido de compreender as situações particulares de cada um e acolher com amor e compaixão, mais do que afastar com regras e frieza.
Sem deixar de chamar a atenção para o pecado, e sem deixar de o condenar, uma linguagem mais positiva na abordagem a estas pessoas poderá conduzi-las ao seio da Igreja onde depois, com a preparação e o caminho certos, poderão iniciar, desde aí, um caminho de transformação pessoal que os conduzirá à salvação, conforme é desejo do Papa.
Diz-se que prognósticos só no fim do jogo, e aqui é bem verdade. Mas parece desde já claro que, decidam o que decidirem, este não é um sínodo “para inglês ver”.
O Papa Francisco pediu que os bispos falassem com ousadia e
escutassem com humildade, e essa tem sido uma constante nos relatos que se vão
ouvindo. Problemas, desafios, dúvidas, tudo tem sido posto em cima da mesa sem
filtro ou censura. Há dias, D. Victor Fernández, reitor da Universidade
Católica na Argentina, brincava com os jornalistas, dizendo que todos falavam
com liberdade durante os trabalhos, sem medo que o Cardeal Müller, prefeito da
congregação para a doutrina da Fé, «fosse atrás deles».
Esta é a Igreja que Francisco quer, aberta ao diálogo, na procura de consensos, sem medo de enfrentar as suas próprias teorias e posições. Isto não significa, no entanto, que se estejam a preparar grandes mudanças doutrinais. Mais do que mudar a doutrina, este Sínodo servirá para a Igreja mudar o modo como olha para os seus fiéis, principalmente aqueles que, por este ou aquele motivo, se encontram em situação irregular. Será um sínodo pastoral, que irá mudar a forma como os católicos são recebidos, tratados e acompanhados no seio da Igreja. Este é um desígnio que se percebe em todos os cardeais e bispos que diariamente marcam presença na sala de imprensa para falar com os jornalistas. Mesmo sem mudar a doutrina, terá de haver ajustes no sentido de compreender as situações particulares de cada um e acolher com amor e compaixão, mais do que afastar com regras e frieza.
Sem deixar de chamar a atenção para o pecado, e sem deixar de o condenar, uma linguagem mais positiva na abordagem a estas pessoas poderá conduzi-las ao seio da Igreja onde depois, com a preparação e o caminho certos, poderão iniciar, desde aí, um caminho de transformação pessoal que os conduzirá à salvação, conforme é desejo do Papa.
Diz-se que prognósticos só no fim do jogo, e aqui é bem verdade. Mas parece desde já claro que, decidam o que decidirem, este não é um sínodo “para inglês ver”.
Opinião de Ricardo Perna
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