4 de outubro de 2014

Papa Francisco preside a vigília de oração pelo Sínodo



Decorreu há momentos na praça de São Pedro a vigília de oração pelo Sínodo presidida pelo Papa Francisco.
A cerimónia iniciou com o discurso do Núncio Galantino que recordou que o objectivo da vigília é rezar e acompanhar os padres sinodais que irão dedicar-se à família nos próximos dias.
“Dedicar-se à família é um ato de amor. Muitos de vós estão aqui desde a noite passada, e eu estou aqui por amor”, referiu Galantino que fez questão de ressalvar a importância da família não só para o futuro, mas também para o presente. “A família está verdadeiramente no centro e com ela asseguramos não só o futuro, mas também o presente.”

O Papa Francisco, na sua primeira intervenção, referiu-se à importância do marido e da mulher num crescimento mútuo, não só como esposos, mas também como pais.
“A tarefa do marido é fazer melhor a mulher e a da mulher é fazer melhor o marido. Fazer crescer-se mutuamente,” é tarefa dos dois.

Durante a cerimónia foi ainda dado lugar ao testemunho de algumas famílias.
António e Roberta, um casal de noivos, falaram sobre a sua experiência de casal em preparação, uma preparação feita de “pequenos passos” com o objectivo de constituir família, família essa que veem como o culminar do seu amor.
Antonio e Roberta revelaram-se cientes das dificuldades do matrimónio e da construção de uma família cristã, mas mostraram-se disponíveis para  levar esta missão a cabo com três palavras: “por favor, obrigado e desculpa.”

Na sua segunda intervenção, o Santo Padre deteve-se no símbolo das alianças, representativas do amor de Deus para com os casais, o que entende como imagem “muito bela”, à semelhança da do próprio matrimónio.
Francisco recordou que o matrimónio é uma vocação vivida em conjunto pelo casal e que também ela faz parte do propósito com que Deus criou o Homem. “Somos criados para amar, como reflexo de Deus e do Seu amor.”

Na cerimónia, testemunharam ainda mais dois casais, representativos de algumas questões que irão ser discutidas pelos bispos.
Marco e Margarida viveram o drama de gravidezes interrompidas espontaneamente quando o desejo era de aumentar a família. Resolveram deixar na mão de Deus e viver a vida com o que acreditam dar-lhe sentido, o amor.
Nicola e Antonella foram a face das muitas dificuldades que os casais enfrentam, tantas que podem levar à separação. Este casal viveu 6 anos longe um do outro, mas entenderam dar mais uma oportunidade ao amor que sabiam existir e confiar que era possível voltar a ser uma família “ pois a Deus nada é impossível.”

O Papa Francisco, referindo-se à importância da família descreveu-a como uma “escola de humanidade” e um “contributo indispensável a uma sociedade justa e solidária” e explicou que é dela que advém a importância do sínodo que se inicia amanhã.
Para uma discussão disponível, sincera, aberta e fraterna, o Santo Padre invocou ao Espírito Santo o dom da escuta para os bispos presentes no Sínodo, da escuta de Deus e do Povo.
Francisco afirmou que na alegria do Evangelho conseguir-se-á uma igreja reconciliada e misericordiosa, pobre e amiga dos pobres. Uma Igreja à qual já se tinha referido anteriormente como mãe, que deve cuidar daqueles que estão feridos, com misericórdia.

“Que o vento do Pentecostes possa soprar novamente sobre este Sínodo, sobre a Igreja e sobre toda a Humanidade”, invocou.

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